"O justo viverá por fé." (Romanos 1.17)
Muitas vezes a fé é substituída pelo que está diante dos olhos e pelos sentimentos.
As emoções felizes e as experiências profundas que satisfazem o coração fazem parte da vida cristã, mas isso não é tudo. Ao longo do caminho estão aflições, conflitos, combates e provas, e não devem ser contados como infelicidade, mas como parte de nossa necessária disciplina.
Se estamos andando obedientemente diante do Senhor, devemos considerar, em todas estas experiências, o fato de que Ele habita em nossos corações, mesmo que não o estejamos sentindo.
É aqui que muitos ficam perturbados; procuram andar pelas emoções, em vez de pela fé.
Uma irmã consagrada conta que certa vez Deus parecia ter-se afastado dela.
Sua misericórdia parecia haver desaparecido completamente. Sua solidão durou um mês e meio e depois disso pareceu-lhe que o Senhor lhe dizia: "Catarina, você tem procurado por mim do lado de fora, no mundo dos sentimentos, mas todo o tempo eu tenho estado esperando por você; encontre-se comigo no interior do seu espírito, pois eu estou ali."
Façamos distinção entre o fato da presença de Deus e a emoção do fato.
É uma felicidade quando, embora a nossa alma se sinta solitária e deserta, a fé pode dizer: "Eu não Te vejo, eu não Te sinto, mas embora eu esteja como estou, Tu estás aí".
"Digamos a nós mesmos, repetidamente: "Tu estás aí, embora a sarça não pareça arder, sei que ela está ardendo. Vou tirar os sapatos de meus pés, porque o lugar em que estou é terra santa".
Creiamos mais na Palavra e no poder de Deus do que em nossas emoções e experiências.
A nossa rocha é Cristo, e não é a rocha que oscila nas marés. Mas, o mar.
Tenhamos os olhos fixos na grandiosidade infinita da justiça e da obra consumada de Cristo. Olhemos para Jesus e creiamos, olhemos para Jesus e vivamos!
Olhando para Ele, icemos as velas de nossa embarcação e singremos com ousadia os mares da vida.
Não fiquemos parados no porto da desconfiança ou adormecidos na sombra, em repouso inativo, nem à mercê da instabilidade do nosso humor e das nossas emoções.
Avancemos com as velas içadas e os olhos postos naquele que governa a fúria das águas.
A segurança do pássaro está em suas asas. Se o seu abrigo é próximo ao chão, se ele voa baixo, expõe-se à armadilha ou à rede do caçador. Se ficarmos revolvendo-nos nas regiões baixas dos sentimentos e emoções, veremos-nos em mil malhas de dúvida e desânimo, de tentação e incredulidade.
Esperemos em Deus!






